quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Como é que é?


Quando então fiz um convite aos amigos para dar uma passada neste blog, recebi alegremente uma resposta provocativa e inusitada:

Como é que é? Filosofias provocativas? Ou seriam provocações bilosóficas no seu flog?.... Pra ver seus questionamentos sóbrios sobre a loucura embriagante das respostas sem perguntas que os pré-conceitos ideológicos atribuem às perguntas sem respostas pré-concebidas?!!
Porque gosto não se discute? Se a estética é um ramo da filosofia?! Isso tem cheiro de ídéia pré concebida!

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Quem somos nós, afinal?

Quem sou eu?
Quem é você?
Sou eu aquela que os números apontam
e cujas estatísticas respondem
quanto tenho (ou quanto não tenho)
quanto estudei (ou quanto não estudei)
quantos amigos (ou quantos inimigos)
há quantos anos nasci (ou quantos faltam até eu deixar de existir)
sempre quantos, quantos, quantos...
Por que cargas-d'água, afinal,
o mundo nos trata por "quanto"
e não por "como" ou "o que"
ou pelos desejos e sonhos
ou pelos amores - e desamores
ou pelas virtudes mais puras
ou pelas intimidades mais cruéis....?
Quem sou eu?
Quem é você?
Afinal?

Liberdade para viver a vida com liberdade!

Que liberdade é essa
eu quero saber
cujas celas do aprisionamento
estão no lugar mais íntimo
da consciência da inconsciência?

Qual é o sentido do sentido que não tem sentido algum?!

No meio da escuridão
da fumaça branca
e do amor mais terno,
junto ao nada de lugar nenhum,
da reflexão inspirada nas palavras
de poesia de uma poesia sem fim,
da leitura da literatura
do sempre e do nunca...
Da busca constante e incessante
pela compreensão de
não se sabe o que...

Quando então brotam lágrimas silenciosas
do vazio da descoberta
de que o sentido da vida
não faz sentido algum.